domingo, 11 de janeiro de 2009

POESIA III

Ténue rey, sesgo alfil encarnizada
Reyna, Torre directa e peon ladino
Sobre lo negro y blanco del camino
Buscam y libran su batalha armada .

No sabem que la mano señalada
Del jogador gobierna su destino.
No sabem que un rigor adamantino
Sujeta su alberdrio y su jornada.

También el jugador es prisionero
(La sentencia es de Omar) de otro tabuleiro
De negras noches e blancos dias.

¿Dios mueve el jugador u éste, la pieza
Qué dios detrá de Dios la trama empieza
De polvo y tiempo y sueño y agonia?

Jorge Luis Borges

Como os lances no xadrez têm, por vezes, alguma poesia, para quem os executa, é claramente por isso que, de vez em quanto, se publica aqui um poema. Desta vez foi um soneto de argentino Jorge Luís Borges de Acevedo, que não traduzimos por ser de fácil compreensão para qualquer falante do idioma de Camões e, melhor ainda, se souber um pouco do jogo de xadrez. A escolha deste grande nome da Literatura Mundial, Jorge Luis Borges que se notabilizou como poeta, crítico, ensaista, tradutor, deve-se principalmente ao facto de se uma bela poesia, e que, por curiosidade, ter o autor ascendência portuguesa (originária de Moncorvo).

Nenhum comentário: