sábado, 26 de setembro de 2009

CUBA INSTITUCIONALIZA UMA PÓS-GRADUAÇÃO EM XADREZ
Cuba dá um passo no sentido de tornar o xadrez mais ciência, ao criar uma pós-graduação. Este título académico é mais um reconhecimento do xadrez como ciência. E, a propósito disto, recordamos o que Montaigne disse: “O xadrez é muita ciência para ser jogo e muito jogo para ser ciência".

Já há muito que vimos referenciando os factores que determinam como isto tudo se conjugou. Um pouco por todo o mundo, os xadrezistas titulados (Mestres, Mestres Internacionais e Grandes Mestres) publicam cada vez mais livros com as suas partidas, com os seus estudos e teorias. Em muito menor escala, mas que não deixa de ser relevante, alguns docentes e investigadores tem vindo a apresentar trabalhos científicos e teses de mestrado (O Jogo de Xadrez e a Resolução de Problemas envolvendo Padrões) sobre as várias valências o xadrez. Verifica-se que algumas as bibliotecas oferecem já aos leitores, a par de obras romanceadas ("Xeque-mate no Estoril", de Dagoberto Markl), e poéticas centradas no xadrez, livros e revistas desta modalidade.
Portanto, estavam criadas as condições que faltavam para que este título académico aparecesse. Permitam acrescentar, em complementaridade que Cuba, um país latino descoberto por Cristóvão Colombo, tinha já estes ingredientes, assim como outros condicionalismos, bem consolidados. Possui vários nomes sonantes (Raul Capablanca) nesta modalidade. Este país registou vinte GMs no activo; conseguiu pôr um xadrezista em 22º no actual ranking da FIDE (Dominguez Perez); um canal televisivo teve até um espaço escaquístico e continua a destacar o xadrez, com os jornais e outros periódicos que também incluem trabalhos regulares em paralelo; por último, incrementou, e apenas desde o século XVIII, o xadrez até o tornar acessível a todos os cubanos e convertendo-o num dos jogos mais populares.

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